'Não uso drogas, jamais. Tomo meu vinho e olhe lá', diz Ana Carolina

Novo CD de Ana Carolina representa a união entre a música e a pintura - Marcos de Paula/ AE

Ana Carolina é uma pessoa intensa. Inquieta. É capaz de ficar seis horas seguidas pintando telas, mas depois não consegue olhar para essas obras sem ter a vontade de dar mais um retoquezinho. A música pode surgir num momento inesperado que a leva a empunhar violão, ou nos muitos saraus em sua casa no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, já frequentado por gente como Norah Jones e Madeleine Peyroux.

Com esse jorro criativo, Ana Carolina decidiu unir música e pintura no novo disco Ensaio de Cores (Sony Music). Desta vez com uma banda só de mulheres, tocando inéditas e releituras. Em conversa com o JT, a mineira de Juiz de Fora, de 37 anos, falou de trabalho e vida pessoal. Com objetividade. Do jeito que ela gosta.

Ensaio de Cores tem faixas representativas dessa união entre música e pintura, como Rai das Cores e As Telas e Elas. Como foi a elaboração desse disco?

Estava com a casa cheia de telas e fiquei pensando no que fazer com elas. Aí resolvi fazer esse show, que seria a exposição das obras, com parte da renda revertida para a Associação de Diabetes Juvenil. Pensei no Rai das Cores, fiz As Telas e Elas, botei o Azul e disse: “Já tem um núcleo de músicas para fazer sentido com as telas que são exibidas no foyer e projetadas no palco durante o show”.


Em um vídeo seu, em que está pintando, você aparenta fazer um trabalho bem instintivo. Tem sido mesmo dessa forma?

O que eu tenho dito é que tem um cara chamado Basquiat, que vivia, pintava, comia, andava, dormia, tudo em cima das telas. Depois as expunha e isso me chamou bastante atenção, porque a maneira como faço música é muito parecida. Aconteceu alguma coisa aqui, pego o violão. É meio aqui e agora. Percebi que não importa somente o que você vê no quadro, mas a atitude do que foi feito na hora que a figura estava pintando. Quero a comunicabilidade visual, muito mais do que a beleza.


Você fez uma exposição, recentemente, na galeria Romero Britto, com renda revertida para a ADJ. Quanto custam suas obras?

O que me ensinaram é que um iniciante pode cobrar de R$ 3 mil a R$ 10 mil o metro quadrado.


Encara a pintura como algo a se fazer despretensiosamente?

Totalmente. Nem quero ser chamada de pintora, acho que preciso de mais dez anos pra isso (risos).

Entrevista completa : https://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,nao-uso-drogas-jamais-tomo-meu-vinho-e-olhe-la-diz-ana-carolina,812900,0.htm

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