Natiruts Lança Novo CD e DVD Acústico

Com 16 anos de carreira, o Natiruts já passou por diversas mudanças. Em seus primeiros tempos, a banda de reggae de Brasília misturava mensagens políticas com canções com letras mais líricas. Fazendo o chamado reggae de raiz, teve contrato com gravadora e uma boa repercussão de público (graças a músicas como Presente de um beija-flor e Liberdade pra dentro da cabeça). Vieram os anos 2000, o grupo tornou-se independente e começaram as mudanças de formação. Hoje, do começo, em 1996, só restam o vocalista Alexandre Carlo e o baixista Luís Maurício. São eles que comandam o combo de oito pessoas no registro Natiruts acústico, CD e DVD, que acaba de chegar às lojas. “O Natiruts é como um clube de futebol; os jogadores passam, o clube permanece”, afirma Alexandre.
 
O cenário é um dos destaques do novo projeto. O show foi gravado no Mirante Santa Marta, reserva ecológica no Rio de Janeiro que fica do lado oposto à comunidade de mesmo nome (foi a primeira vez que um show do gênero foi realizado lá). Espertamente, a câmera explora, quase que a cada troca de música, a vista e os cartões-postais do Rio (o Cristo Redentor sempre em primeiro plano). O show foi realizado num fim de tarde, então, o pôr do sol e o cair da noite tornam-se outros atrativos. “Fizemos a produção independente (a gravação foi em 1º de fevereiro), mas a ideia era comercializar com alguma gravadora”, conta Alexandre Carlo. Uma vez pronto, o material foi comprado pela Sony Music, que está fazendo a distribuição.
 
São 21 faixas, boa parte de sucessos, três inéditas – Supernova, Dentro da música 2 e Já chorei demais – e versões. Como prega a cartilha de todo acústico, este não se furtou a levar convidados. Luiz Melodia surge do meio da plateia para dividir com Alexandre Pérola negra. A cantora portenha Sonia Savinell emenda em castelhano versos de Sorri, sou rei e a brasiliense Flora Matos, da seara do hip-hop, participa de Natiruts reggae power/Esperar o sol.
 
“Com o Melodia foi o seguinte: vou lançar, no fim do ano, um projeto com o Mad Professor (um dos papas do dub), que leva o nome de Dub Tropical. A ideia é fazer releituras de músicas da MPB e do pop nacional em reggae. Dentro delas havia Pérola negra. Como o pessoal gostou, houve a sugestão para o Acústico”, conta Alexandre. Há pelo menos cinco anos a banda vem se apresentando regularmente na Argentina. 
 
Tanto por isso, houve o convite para Sonia, que é backing vocal de uma das bandas com quem o Natiruts costuma se apresentar. “Na última turnê, fizemos 16 países, muitos deles na América Latina”, continua ele, que escolheu ainda gravar o show no Rio de Janeiro por causa da vocação internacional da cidade. Como o reggae do Natiruts é em rotação mais lenta, Alexandre diz que o público de países mais próximos do Brasil entendem as letras, então não há necessidade de gravar em espanhol. “Nossa intenção de fechar com a Sony foi ter uma distribuição legal e tentar uma ponte com a Sony América Latina. Vamos ver o que vai acontecer”, finaliza.
 
 
Fonte:uai

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